Dra. Bruna Parreira Gomes
Médica Oncologista clínica do grupo ONCONOR
CRMMG-77740
No cenário de câncer de pulmão de células não pequenas avançado com mutações de sensibilidade do EGFR, alterações acionáveis mais prevalentes neste contexto, a incorporação de osimertinibe ao tratamento de primeira linha da doença avançada representou uma verdadeira mudança de paradigma para os pacientes, dada a sua eficácia e segurança.
Entretanto, na busca por otimizar ainda mais os resultados, principalmente na doença que se apresenta com maior agressividade (como no caso de metástases cerebrais ao diagnóstico e de com mutações associadas a prognóstico desfavorável), novas estratégias vêm sendo exploradas, dentre as quais a combinação de osimertinibe com quimioterapia a base de platina, que tem demonstrado importantes resultados nas avaliações do estudo FLAURA 2.
No Congresso Europeu de Câncer de Pulmão de 2024, foram apresentados dados atualizados do estudo FLAURA 2 que confirmam o benefício da adição de quimioterapia com platina e pemetrexede a osimertinibe no tratamento de primeira linha do câncer de pulmão avançado com mutação de EGFR. Além do benefício em sobrevida livre de progressão já previamente conhecido, análises de outros desfechos também foram apresentadas, uma nova análise interina de sobrevida global, todos demonstrando resultados favoráveis ao uso de quimioterapia em associação a osimertinibe.
A sobrevida global mediana foi de 38,6 meses no grupo do osimertinibe e 31,8 meses no grupo comparador. Mediação bem tolerada e com bom perfil de segurança.